JÚNIOR
TORRES DE CASTRO - PY2BJO
Radioamador
Júnior Torres de Castro - PY2BJO é um dos poucos brasileiros que teve o
privilégio de inserir o seu nome na galeria dos nominados para o Prêmio Nobel
da Paz. Além dele só o ex-arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara, teve
esta honra. O mérito deste paulista de Botucatu foi ter construído, com
recursos próprios, o primeiro satélite artificial com fins educativos e
humanitários, o Dove (pomba em inglês). Colocado no espaço pela empresa
francesa Ariane Espaciale há dez anos, a engenhoca, desenvolvida em uma
garagem, no bairro paulistano do Pacaembu, transmite desde então mensagens de
paz que podem ser captadas na Terra por um HT, um singelo receptor acessível
para qualquer aficcionado. A engenhoca foi construída à partir de um projeto
batizado Microsat, idealizado por Júnior Torres de Castro, em 1957. Naquela
época este radioamador, engenheiro civil e elétrico, formado pela Faculdade
Mackenzie e com passagens pelas Universidades de Colúmbia e Stanfort, nos
Estados Unidos, ficou fascinado ao ouvir em seu HT os sons emitidos pelo
Sputinik, o primeiro satélite lançado ao espaço pelos soviéticos.
Quatro
anos antes da Criação Agência Espacial Brasileira (2004), em 21 de janeiro de
2000, um botucatuense lançava seu satélite particular da Base de Kouru, na
Guiana Francesa. Importante saber que este foi o único satélite, até os dias de
hoje, que pertenceu a uma só pessoa; os demais pertencem a organizações,
universidades ou países.
Seu
idealizador, projetista e construtor é o Dr. Júnior Torres de Castro, um
botucatuense apaixonado pelo Radioamadorismo, filho de Gentil de Castro,
diretor dos Correios e Telégrafos da Agência de Botucatu nos anos de 1950 a
1965. Júnior formou-se Engenheiro Civil, Elétrico e Eletrônico na Universidade
Mackenzie de São Paulo, além disso fez cursos em Geologia, Geofísica e phd em
Física no exterior.
SO
sonho de construir e lançar um satélite começou há 60 anos atrás, em 1957.
Nesse ano era comemorado o Ano Geofísico Internacional, e foi quando as manchas
solares atingiram um número muito expressivo: mais de 200. Então, os cientistas
do mundo inteiro resolveram fazer coisas novas como ocupar o Pólo Sul,
descobrir terras nunca antes exploradas, pesquisas no fundo do mar e os russos
lançaram um artefato espacial, o Sputinik, primeiro satélite da história. Foi
aí que o Júnior Torres escutou através do radioamador o Bip do satélite. O Bip
era um sinal de telemetria que indicava para os russos a temperatura interna e
externa do satélite, quanto tempo duraria a bateria e outros sinais vitais do
equipamento.
Junior
Torres, sempre ligado em fonia, se perguntou: -”Porque bip e não voz”, e
resolveu dar continuidade ao seu sonho viajando pelo mundo à procura de mais
informações e conhecimento na área espacial.
ARQUIVO
PESSOAL
Durante
muito tempo Júnior participou de congressos internacionais à respeito de
construção de satélites e acabou fazendo diversas amizades que renderam frutos
quando da confecção de seu satélite DOVE – Digital Orbiting Voice Encoder,
denominado também Brasil Peace Talker – Mensageiro da Paz Brasileiro.
O
protótipo do Satélite DOVE – OSCAR 17 foi construído pelo próprio Júnior,
inicialmente de forma experimental, um aparelho conhecido como “little brick”
ou “tijolinho” e após, com peças que suportariam as condições espaciais. Mas
para chegar até esse ponto final da construção do equipamento muito caminho
ainda teria que ser percorrido.
O
DOVE – OSCAR 17 também transmitia seus dados internos em VHF, como variação de
temperatura interna e externa, a voltagem da bateria e funcionamento de seus
painéis solares, além das mensagens.
Fontes:
Foto:
http://www.qsl.net/py4zbz/py2bjo.htm
Matéria:
http://diariobotucatu.com.br/cidade/9917/
http://www.memoriallandelldemoura.com.br/radioam_conhecendo_radioam_py2bjo.html
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